Mães Abdicadas!

“Então, ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem aos hebreus lançareis no Nilo, mas a todas as filhas deixareis viver. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à beira do rio (Êxodo 1.22 2.2,3)

Abdicar é o ato voluntário de renunciar algo em proveito próprio, que venha lhe trazer benefícios, de direito.

Abdicação é a palavra que quero exaltar hoje em prol de nossas mães.

Qual mãe não está sempre abrindo mão de alguma coisa em prol dos filhos? Naturalmente e obrigatoriamente o tempo, creio ser o primeiro ato de abdicação que uma mãe tem que ter. O paizão ainda consegue bater aquela bolinha com os amigos, mas a mãe (e não por uma questão de machismo, mas de instinto) não deixa sua “prole” em hipótese alguma e, quando o faz, parece que um pedaço de si foi arrancado. É claro que esse pensamento refere-se às crianças quando pequenas e isso, com o tempo e conforme as crianças vão alcançando sua independência, vai melhorando, mas não no sentido de abdicar de algo.
Muitas vezes suas prioridades são deixadas de lado por causa dos filhos. Qual a mãe que não deixou de lado uma roupa que queria pra atender ao pedido ou necessidade dos filhos? Qual a mãe que não se vestiu de maneira mais simples, para comprar algo melhor para os filhos? Qual a mãe que deixou de comprar um perfume que tanto sonhava para pagar um passeio ao seu filho junto com os colegas de escola?
Quantas mulheres abriram mão de sua carreira, de um futuro promissor profissionalmente para se dedicarem a maternidade?
Quantos sonhos não foram sacrificados, deixados de lado, para que toda energia, tempo e dinheiro, atenção e carinho fossem dedicados aos filhos?
Essas mães heroínas merecem uma medalha a cada dia de vida, pois somos o que somos graças a tanta abdicação.
Porém, creio que todas elas alcançam o máximo de suas realizações (mesmo depois de abrirem mão de tantas coisas) quando olham para os filhos e vêem o fruto de tanto sacrifício. Qual a alegria de uma mãe em ir a uma formatura de seu filho(a)? Qual o orgulho de uma mãe em saber que seu filho(a) ocupa um cargo importante dentro de sua empresa? De saber que seu filho(a) é uma pessoa respeitada, honrada, de caráter?
Claro que seria exagero meu achar que nossas mães pararam no tempo dedicando-se exclusivamente aos filhos. Bem, algumas sim, mas vejo que muitas foram atrás de seus sonhos, de suas realizações. Muitas seguiram o curso de sua vida e são mulheres felizes. Talvez algum filho(a) pense que seu caso seja isolado, já que sua mãe o deixou com a avó, ou outra pessoa para ser criado. Bem, ainda assim, penso que essa mãe abdicou do direito de estar junto de seu filho, de dar e receber carinho, para providenciar o sustento dentro de casa.
Não importa o que sua mãe tenha feito. Em algum momento, em grande ou menor escala, ela abriu mão de alguma coisa em prol de você, filho(a).
Obrigado, mamães, por tanto desprendimento, tanto amor, que só poderia mesmo vir de vocês.

Que o Eterno Deus abençoe ricamente nossas mamães.


Pr. Lucas Ferreira

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