A fábula da convivência

Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, e juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele forte inverno .
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, e afastaram-se feridos, magoados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros.
Doíam muito…
Mas, essa não foi a melhor solução : afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver, resistindo à longa era glacial.
Sobreviveram…
É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios !
É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar !
É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração !
É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor !
É fácil sentir o amor, difícil é conter sua torrente !
Que possamos nos aproximar uns dos outros com amor e serenidade de tal forma que nossos espinhos não firam as pessoas que mais amamos tanto no trabalho, na escola, na igreja, em casa ou na rua.


Extraído do site www.pastorais.com

As cores da felicidade


"Buscai ao Senhor, e vivei" (Amós 5":6)

Um pregador e um barbeiro ateu estavam caminhando, certo dia, pela área mais pobre da cidade.
Disse o barbeiro ao pregador: "Esta é a razão pela qual eu não posso crer que exista um Deus de amor. Se houvesse um Deus tão especial como você diz, não permitiria toda esta pobreza, doenças, miséria. Ele não permitiria que esses vagabundos viciados espalhassem drogas destruindo vidas e famílias. Não, eu não posso crer em um Deus que permite tais coisas."
O pregador ficou calado até que encontraram um homem completamente desleixado e imundo. Seu cabelo caía pelo pescoço e sua barba cobria todo o rosto.
Disse o pregador: "Você não pode ser um bom barbeiro. Se fosse, não permitiria que esse homem continuasse a viver neste bairro sem um corte de cabelo e um barbeado."
Indignado, o barbeiro respondeu: "Por que me culpa pela condição deste homem? Eu não posso fazer nada por ele. Ele nunca veio à minha barbearia. Se viesse, eu poderia transformá-lo em um cavalheiro!"
Olhando penetrantemente para o barbeiro, o pregador falou: "Então, não culpe a Deus por permitir que essas pessoas continuem a viver desta forma. Ele convida, constantemente, a todos para vir e receber a salvação dos pecados e a vida abundante. O motivo dessas pessoas continuarem a ser escravas do pecado e do mal é que recusam a pessoa que morreu para lhes salvar e libertar."
Como tem sido nossa vida neste mundo em que vivemos? O colorido de nossas vestes espirituais e o brilho de nosso rosto tem agradado às pessoas que por nós passam ou sóconseguimos transmitir uma aparência cinzenta e opaca,características de uma vida espiritual longe de Deus?
Muitas vezes nos queixamos da situação incômoda em que vivemos, da desesperança que nos abate, da falta demotivação para grandes conquistas, do conformismo que não nos permite sonhar. E por que isso acontece conosco? Por que Deus não nos socorre? Não seria exatamente porque não o buscamos? Não é fruto de nossa soberba espiritual, por acharmos que não precisamos de ninguém?Deixemos Jesus cuidar de nós e o nosso mundo passará a ter as cores da felicidade.

(Texto escrito por Paulo Barbosa)

Voo Air France 447

Estamos em oração pedindo ao Senhor, que através do Espírito Santo, derrame consolo sobre as famílias afetadas por essa tragédia.

A extraordinária liberdade


O Deus que não habita em templos feitos por mãos humanas e se relaciona com todas as pessoas com base em sua boa vontade autodeterminada – graça, quer ser conhecido em toda a terra. Esse Deus se revela a partir de um povo, o hebreu – descendentes de Abraão, e de uma estrutura religiosa – o judaísmo, que privilegia pessoas, lugares, dias e atividades próprias da relação com Deus e necessárias para aplacar sua ira e conquistar seu favor. Mas “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados [...] Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Coríntios 5.19,21).

Desde então, a base da relação com Deus deixa de ser a descendência da etnia hebraica e a observância da Lei judaica, e passa a ser a graça: o favor concedido sem merecimento. Ninguém precisa mais obedecer a Deus e cumprir obrigações para com Deus para escapar de sua condenação e se tornar objeto de seu amor, pois todo aquele que deseja se relacionar com Deus com base em méritos pessoais, não apenas ignora a Cristo como também dá as costas à graça” (Gálatas 5.4).

Mas Pedro, apóstolo, ainda raciocina em termos de “isso pode, aquilo não pode; essa pessoa é pura, aquela é impura; isso é de Deus, aquilo é do mundo-mal”. Não assimilou a extraordinária liberdade que diz “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma [...] Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1Coríntios 6.12; 10.23).

A liberdade concedida pela graça é escandalosa. Agora a Lei perdeu a voz; ninguém mais é obrigado a cumpri-la, pois Cristo Jesus o fez por todos: “Agora já não há nenhuma condenação para os que estão unidos com Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito de Deus, que nos trouxe vida por causa da nossa união com Cristo Jesus, nos livrou da lei do pecado e da morte. O que a Lei de Moisés não pôde fazer porque a natureza humana era fraca, Deus fez. Ele condenou o pecado na natureza humana, enviando o seu próprio Filho, que veio na forma de nossa natureza pecaminosa para acabar com o pecado. Deus fez isso para que as obras justas da lei pudessem ser cumpridas por nós, que vivemos de acordo com o espírito de Deus e não de acordo com a natureza humana” (Romanos 8.1-4 - BLH).

Este é o grande segredo revelado a Pedro, apóstolo, em seu encontro com o gentio (não hebreu, não judeu) Cornélio: o Espírito Santo foi derramado sobre toda a carne (Atos 10.44-48). Antes a relação com Deus era governada pela Lei, agora, pelo Espírito.
Antes Deus governava pessoas de fora para dentro, pela Lei, agora, de dentro para fora, pelo seu Espírito Santo conectado ao espírito humano; antes as pessoas viviam de obediência, agora vivem de uma nova consciência. O que a Lei jamais conseguiu fazer, o Espírito Santo realiza. Agora vivemos de acordo com a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, não porque tememos a condenação ou ambicionamos favores, mas porque seu Espírito Santo habita em nós e nos deu uma nova disposição de vida.

Conforme bem compreendeu Roland Allen [Missionary Methods: St Paul's or Ours? London: World Dominion. 1912] em Atos dos Apóstolos “Lucas fixa nossa atenção, não numa voz externa, mas num Espírito interno. Essa forma de ordem é peculiar ao Evangelho. Outros (guias espirituais) dirigem a partir de fora, Cristo de dentro; outros ordenam, Cristo inspira (…) Essa é a forma da ordem nos escritos de São Lucas. Ele não fala de homens que, sendo o que eram, esforçam-se para obedecer as últimas ordens de um mestre amado, e sim de homens que, recebendo um Espírito, foram impelidos por esse Espírito a agir de acordo com sua natureza”.

Extraído do site da Igreja Batista da Água Branca