Obedecendo a Palavra sobre o dom de línguas

O que fala em outra língua a si mesmo se edifica...
(1 Coríntios 14.4a)

Hoje, na pluralidade e diversidade de igrejas, um dos meios que utilizamos para identificar se uma igreja é pentecostal ou tradicional é através da prática do dom de línguas. Vemos no meio pentecostal a utilização desenfreada e a teoria que só é batizado no Espírito Santo quem recebeu esse dom. No meio tradicional, praticamente a utilização é proibida.
A questão é que nem um e nem o outro estão certos em suas práticas. O dom de línguas é bíblico e é para hoje. Mas sua prática tem regras estipuladas por Paulo, o que vamos ver abaixo e por quais motivos devem ser assim.
Antes de prosseguir quero incentivá-lo a ler todas as referências bíblicas. A base vem delas.
Temos três textos principais que falam sobre os dons espirituais: Romanos 12.6-8; Efésios 4.11 e 1 Coríntios 12.4-10 28-31. Encontraremos nesses textos duas expressões interessantíssimas e que começam a fazer a diferença: “para edificação do corpo de Cristo” e “repartindo particularmente a cada um como quer” mostrando assim que a finalidade dos dons é a edificação do corpo. Todo dom deve ser utilizado para esse fim. Não devo me beneficiar com meus dons, mas sim o meu próximo, minha igreja, minha comunidade; e também que quem distribui os dons é o Espírito Santo como ele quer. Sendo assim, o dom de línguas, como de cura, de profetizar, de ensinar, de pastor, de misericórdia, etc... não são para todos, mas para aqueles que Ele quiser dar.
Interessante notar que Paulo fez um pacote para tratar desse tema, nos capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios. No capítulo 12 ele fala dos dons e da Igreja como um corpo (ora o corpo é somente olho? Somente orelha?). No final do capítulo 12 ele nos desafia a procurar com zelo os melhores dons, porém, já inicia o 13 com aquele dom que deveria ser perseguido por todos nós: o Amor (e que é maior que qualquer dom). No 14 ele vai falar sobre o dom de línguas e como utilizá-lo, porém, verificando sua vontade de não praticá-lo enquanto isso for o objetivo final, a obsessão, motivo de glória pessoal, sinônimo de espiritualidade, e não um meio de glorificar a Deus. De que adianta orar em língua se não amo meu irmão, se estou magoado com ele? Faço uma pausa para lembrar que a manifestação de dons espirituais, principalmente o de línguas, não é sinônimo de uma vida cheia do Espírito Santo, de uma vida de santidade (os demônios podem orar em línguas). O termômetro para isso é a presença do Fruto do Espírito em nossas vidas (Gálatas 5) e não dos dons.
O dom de línguas é o único que pode trazer edificação pessoal, caso não haja interpretação. (1 Co.14.2), mas há o incentivo de Paulo para que profetizemos (e não oremos em línguas) pois assim a igreja é edificada (vs.3,4). Veja que dom de línguas sem interpretação é como instrumentos que não se entende seu som (v.7-9), e novamente ele vai repetir a questão de edificar a igreja (v.12).
Em Romanos 12 o mesmo apóstolo Paulo nos incentiva a entregar a Deus um culto racional. Um culto com a mente, com a razão. Não é de estranhar a preocupação de Paulo, pois ele sabia que orando em línguas (pois ele tinha esse dom), a mente não entende absolutamente nada, mas o espírito é edificado (um mistério espiritual): Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera (v.14). E nessa questão, a grande preocupação é com a evangelização: Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos? (v.23) O escândalo e o fato de não entenderem absolutamente nada, afastando assim o que precisa ouvir a Palavra da igreja, era uma grande preocupação de Paulo (e deve ser nossa hoje).
Até mesmo numa igreja pentecostal, nem todos possuem o dom de línguas. E quando todos oram em línguas ao mesmo tempo, aquela pessoa não é edificada. Ela fica triste, constrangida e calada. Talvez você me diga: Isso porque ela ainda não foi batizada com o Espírito Santo? Absolutamente NÃO! Veremos abaixo que para ser batizado no Espírito Santo não precisa haver evidências de línguas. O princípio original dos dons é a edificação da igreja e no caso dos dons de línguas isso somente acontecerá se houver a interpretação: Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação. No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. MAS, NÃO HAVENDO INTÉRPRETE, FIQUE CALADO NA IGREJA, FALANDO CONSIGO MESMO E COM DEUS (vs.26-28).
Deixo a você a seguinte pergunta: Porque é que nesse capítulo (e não em outro) Paulo resolveu escrever: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (v.40)?
Quanto aceitamos Jesus, recebemos o “dom” do Espírito, que é a presença Dele em nós, seu selo (e não um dom espiritual específico). Isso pode ser evidenciado nos textos: Atos 2.37-41 (interessante que Pedro orienta que haja arrependimento, batismo e então, receberiam o “dom” do Espírito Santo. Se esse dom fosse o de línguas, porque no v. 41, onde mostra o cumprindo da orientação, não é relatado eles orando em línguas? Lembro que o historiador Lucas era atento aos detalhes, como o fez, nos outros textos. Porque esse dom é a presença, ou batismo, do Espírito Santo); Efésios 1.13, 4.30; Atos 11.17. Esse dom (presente) para salvação é o Espírito Santo em nós (ora, dons espirituais não são para salvação, mas para edificação).
Após Atos 2, aconteceram 3 descidas (batismos) do Espírito Santo:
1º em Atos 8.14-25 onde NÃO houve manifestação de línguas;
2º em Atos 10.44-48 onde HOUVE a manifestação de línguas;
3º em Atos 19.1-7 onde HOUVE línguas E profecias.
Não há, portanto, a obrigatoriedade e a exigência de que para ser batizado no Espírito Santo tem que haver línguas. Os três textos acima não nos mostram um padrão de comportamento do Espírito Santo. Pode acontecer sim, mas aquele não ora em línguas, deve crer sim que recebeu (foi batizado) no Espírito Santo.
Hoje, pastor de uma igreja tradicional, tenho a dizer ao meu rebanho que os dons espirituais estão vigentes em nosso tempo SIM! E há espaço em nossa igreja para aqueles que oram em línguas, que profetizam, que revelam. Porém, seguimos o que a Palavra nos ensina. No caso das línguas, por exemplo, no culto coletivo (ou em outras reuniões, como grupos nos lares, oração, etc...), apenas ouvirei e aceitarei as línguas se houver interpretação. Do contrário, que ore em casa.
Que tal se tradicionais e pentecostais obedecem a Palavra?

Pr. Lucas Ferreira

Eu sou dizimista

Publicado por Isaltino Gomes Coelho Filho em 27 de abril de 2009 no site www.isaltinogomes.com

O dízimo é uma questão discutida entre nós. É aceito pela maioria dos membros da igreja, embora nem sempre esta o pratique. É contestado por alguns. Em meus anos de membro de igreja e de ministério pastoral nunca vi uma só pessoa se opor a ele porque queria dar mais. Os oponentes o são para dar menos ou não dar nada. Queda-me a impressão que os combatentes do dízimo se sentem incomodados em dar seu dinheirinho para a igreja.

Não tenho interesse em debater a questão. Sou dizimista. Prazerosamente. Sinto-me realizado quando vou à frente devolver meu dízimo (dízimo não se dá nem se paga; devolve-se). E não quero converter alguém ao “dizimismo”. A recusa em praticá-lo será acertada com Deus. Mas alistarei as razões pelas quais sou dizimista. Quem não as aceita, tudo bem. Mas assim como não recebe meus argumentos, não me dê os seus. Dispenso-os. Sou feliz em ser dizimista.

Entendo que dízimo não é questão de doutrina. Discutir se é da lei ou da graça não me é relevante. Nem me abalo com a idéia de que não está expresso no Novo Testamento. O primeiro dizimista foi Abraão (Gn 14.18-20). Ele não viveu sob a Lei, que veio 430 anos depois dele (Gl 3.17-18). Dízimo não é criação da Lei. Outro argumento, em linha oposta, é que o dízimo era praticado em religiões pagãs, antes de ser incorporado à Lei. A oração também era praticada por pagãos, inclusive pelos defensores de Baal (1Rs 18.26ss). Os cânticos também eram oferecidos às falsas divindades. Em “A epopéia de Gilgamesh” (personagem de 2.700 a.C.) há orações, músicas e ofertas às pseudodivindades. Recusar-se ao dízimo, alegando que estava entre os pagãos, e gostar de cantar, de “ministrar louvor”, que também havia entre os pagãos, me soa incoerente.

Minha primeira razão para ser dizimista é que dízimo é questão de vida espiritual. Fui batizado no dia em que completei 15 anos, e um mês depois me senti vocacionado para o ministério. Adolescente, ajoelhei-me ao lado de minha cama e entreguei a vida a Jesus. Se dei a vida, por que não daria 10% de meu salário? Quem deu o maior, dá o menor. Ao dar a vida como um todo, dei a vida material a ele. Sou dizimista porque me dei a Jesus. Dediquei a ele minha vida, meu casamento, meus filhos, meus talentos, que são o tudo, como não daria o pouco que são os 10% do que ganho?

Minha segunda razão para dar o dízimo é que dízimo é questão litúrgica, ou seja, é um ato de culto. Nosso cristianismo mundanizado, moldado pela cultura de uma sociedade materialista, entende que culto é receber coisas de Deus. Assim é que muitos de nós vamos à igreja para receber ânimo, orientação, apoio, bênçãos. Não é errado, porque precisamos de tudo isto. Mas se é só para isto, estamos mal. Culto não é pedir. Culto é dar. “E ninguém apareça perante mim de mãos vazias” (Êx 23.15). Culto é um ato de amor a Deus. E amor não são palavras, mas dar. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu…”. Quem ama dá. Quem cultua dá. Mesquinhos é que só querem receber e apenas pedem. Ser dizimista é cultuar com bens, não apenas com palavras.

Uma terceira razão é que ser dizimista é ser coerente. Creio que tudo vem das mãos de Deus (1Cr 29.12), e não de meu esforço ou habilidade pessoal independente dele. Creio que, se quiser, ele pode me fechar as portas ou me inviabilizar para ter meu sustento. Sendo dizimista, reconheço sua bondade e quero mostrar que dependo dele. Seria falso se dissesse que o valor do dízimo não me faz falta. Mas seria falso se não reconhecesse que com o dízimo honro a Deus, mostro minha dependência dele, minha confiança de que assim como ele me sustenta há décadas, continuará sustentando. Quero mostrar coerência entre minha fé e minha maneira de lidar com o dinheiro. O fariseu do tempo de Jesus deva o dinheiro, mas não dava o coração. O fariseu contemporâneo dá o coração, mas não dá o dízimo. Não quero ser um fariseu de ontem, efetuando um ato legalista, sem amor. E não quero ser um fariseu de hoje, fazendo declarações pomposas nos cânticos, mas sonegando a contribuição.

Uma quarta razão: ao ser dizimista, reconheço que estou fazendo o mínimo. O Novo Testamento não estipula o dízimo e faz apenas cinco declarações sobre ele. E nenhuma é uma estipulação. Em Mateus 23.23 e Lucas 11.42, textos paralelos, Jesus censura os fariseus dizimistas. Não por serem dizimistas, mas por não darem o coração. Faziam-no legalisticamente. Em Lucas 18.12, o dízimo é citado na parábola do fariseu arrogante, que o usava para se enaltecer. Em Hebreus 7.2,4, o dízimo é mencionado num contexto teológico de submissão de Abraão a Melquizedeque, tipos do sacerdócio judaico e do sacerdócio de Cristo. O Novo Testamento mostra que de nós se espera mais que o dízimo. Espera-se tudo: “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me” (Mt 19.21).

Como domesticamos o evangelho e amoldamos Jesus à nossa perspectiva de vida, não entendemos que ele espera que tudo seja dele. “Então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé (que quer dizer, filho de consolação), levita, natural de Chipre, possuindo um campo, vendeu-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4.36-37). Barnabé deu todo o valor, e mesmo assim não se julgou “acionista majoritário” da igreja. Era servo de Jesus, servo da igreja. Deu todo o valor. Note-se ainda o elogio de Jesus à viúva que deu uma oferta ínfima, em termos quantitativos: “Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou dois leptos, que valiam um quadrante. E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento” (Mc 12.42-44). Avaliamos nossas ofertas pelo quanto damos. Jesus avalia pelo quanto ficou conosco. Elogiou a mulher porque não ficou com nada, deu tudo. Nunca vi alguém ser contra o dízimo porque quer dar mais que dez por cento.

Uma quinta razão: sou dizimista porque assim me disciplino. O dízimo me disciplina a ter um orçamento, a cuidar de meus bens, a por o coração na minha igreja (não estou pastoreando, no momento – sou ovelha de meu irmão, o Pr. Isaías Gomes Coelho), me faz saber que uma parte de meus bens está comprometida com um ideal espiritual. Disciplina-me espiritualmente por me ensinar (ensino sempre provado) que aquele valor será suprido por Deus, de outra maneira.
Por outro lado, reconheço que os dízimos devem ser bem administrados pela igreja. É dinheiro para a obra de Deus. Não pode ser malbaratado. Preguei em uma igreja no exterior e almocei com um irmão que tinha, em época da supervalorização do dólar, um dízimo de dez mil dólares. Ele estava em crise, querendo aplicar o dízimo em outro lugar. Sua igreja não sustentava um missionário sequer, não tinha uma congregação e sequer um ponto de pregação. Mas queria climatizar a quadra de esportes. Alegando ser estrangeiro, de outra cultura, esquivei-me de opinar e desviei a conversa. Mas eu também agiria como ele. O dízimo é santo na essência, na origem, na entrega, e deve ser santo no uso. Erra a igreja que esbanja recursos em banalidades, e não na obra. Mas o membro de igreja deve ser dizimista. Eu o sou. Isto não é mérito nem ostentação. É apenas um fato corriqueiro, tão normal, que sequer deveria ser mencionado. E se o fiz foi porque muita gente me pediu opinião sobre o dízimo após ter assistido um vídeo no Youtube combatendo-o.

Agora, sim, é ostentação. E com júbilo santo. Os que não querem devolver o dízimo, façam como meu filho, Beny. Ele tem um sonho: chegar ao ponto de reter o dízimo para si, e dar 90% para o reino. Se você acha que o dízimo não é para a igreja, dê mais que ele. Afinal, os privilégios e a responsabilidade de viver sob a graça são maiores.

texto enviado pelo Pr. Lucas Ferreira.

Descrição dos dons - parte 3

Retornando ao estudo dos dons. Na próxima edição, um estudo bíblico sobre dons de línguas.

INTERCESSÃO
É a capacidade divina para orar regularmente por outros, vendo resultados freqüentes e específicos. As pessoas com esse dom: sente-se constrangidas a orar com seriedade por alguém ou por uma causa; tem consciência das batalhas espirituais que estão sendo travadas diariamente e oram; são convencidas de que Deus age em resposta às orações; oram quando tocadas pelo Espírito, mesmo que não entendam; agem com autoridade e poder na proteção de outros e pela capacitação para servir.

RESUMO: Concessão divina para orar eficientemente em nome e em favor dos outros, alcançando assim resultados freqüentes e específicos.

INTERPRETAÇÃO
É a capacitação divina para transmitir ao corpo de Cristo a mensagem de alguém que fala em línguas. As pessoas com esse dom: respondem a uma mensagem dada em línguas, interpretando-a; glorificam a Deus e demonstram o seu poder através dessa manifestação milagrosa; edificam o corpo de Cristo, interpretando uma mensagem apropriada de Deus; entendem um idioma desconhecido e comunicam aquela mensagem ao corpo de Cristo; são, às vezes, proféticos quando interpretam línguas para igreja.

RESUMO: Capacidade divina de dar a conhecer ao corpo de Cristo a mensagem de alguém que fale em línguas.

CONHECIMENTO
É a capacitação divina para trazer a verdade ao corpo pelo discernimento ou entendimento bíblico. As pessoas com esse dom: recebem verdade que as capacita a servir melhor ao corpo; estudam as escrituras para obter discernimento, entendimento e verdade; adquirem conhecimento que não é obtido por meios naturais; tem sabedoria ou entendimento que servem à igreja; organizam informações para ensino e uso prático.

RESUMO: Capacidade divina para demonstrar entendimento e discernimento, servindo ao corpo na verdade, de maneira sobrenatural.

LIDERANÇA
É a capacitação divina de lançar uma visão, motivar e direcionar um povo para realização harmoniosa dos propósitos de Deus. As pessoas com esse dom: providenciam direção para o povo de Deus e para o ministério; motivam outros a usar o melhor de suas habilidades; apresentam a visão maior (geral) para que os outros entendam; dão exemplo prático dos valores do ministério; assumem responsabilidade e estabelecem alvos.

RESUMO: Capacidade divina de convencer, motivar e orientar pessoas a cumprir harmoniosamente os propósitos de Deus.

MISERICÓRDIA
É a capacitação divina para ajudar, com alegria e de forma prática, aqueles que sofrem ou tem necessidades; é a compaixão em ação. As pessoas com esse dom: concentram-se no alívio das fontes de dor ou sofrimento das pessoas; encaram as necessidades dos desamparados e solitários; expressam amor, graça e dignidade àqueles que enfrentam dificuldades e crises; servem em circunstâncias difíceis e desagradáveis com alegria; preocupam-se com assuntos sociais ou individuais que oprimem o povo.

RESUMO: Capacidade divina de ajudar com alegria e praticidade os que estão sofrendo ou passando necessidades.

MILAGRES
É a capacitação divina para autenticar o ministério e a mensagem de Deus através de intervenções sobrenaturais que O glorifiquem. As pessoas com esse dom: falam a verdade de Deus autenticada por um milagre; expressam confiança na fidelidade de Deus e em sua capacidade de manifestar Sua presença; trazem o ministério e mensagem de Jesus Cristo com poder; reconhecem Deus como fonte do milagre e O glorificam; representam a Cristo, e através do dom encaminham as pessoas a um relacionamento com Cristo.

RESUMO: Capacidade divina de autenticar o ministério e a mensagem de Deus por meio de intervenções sobrenaturais que O glorifiquem.

SABEDORIA
É a capacitação divina para aplicar verdades espirituais que de maneira eficaz suprem necessidades em situações específicas. As pessoas com esse dom: focalizam nas conseqüências não previstas para determinar os próximos passos a serem dados; recebem entendimento daquilo que é necessário para suprir as necessidades do corpo; providenciam soluções dadas por Deus no meio do conflito e da confusão; ouvem a provisão do Espírito dando direção para se atingir o melhor que Deus tem para uma determinada situação; aplicam verdades espirituais de modo prático e específico.

RESUMO: Capacidade divina de aplicar a verdade espiritual com eficiência, satisfazendo uma necessidade dentro de uma situação específica.

ENSINO
É a capacitação divina para entender, explicar claramente e aplicar a Palavra de Deus, resultando em vidas que se tornem mais semelhantes a Cristo. As pessoas com esse dom: comunicam verdades bíblicas que estimulam maior obediência à Palavra de Deus; desafiam os ouvintes com as verdades das escrituras de forma simples e prática; apresentam todo conselho de Deus para efetuar o máximo de mudanças nas vidas; dão atenção aos detalhes e à precisão; preparam-se através de um extenso tempo de estudo e reflexão.

RESUMO: Capacidade divina de entender, explicar claramente e aplicar a Palavra de Deus, fazendo com que a vida dos ouvintes se torne mais semelhante à de Cristo.

PASTOR
É a capacitação divina para nutrir, cuidar e guiar pessoas à maturidade espiritual e ser como Cristo. Pessoas com esse dom: assumem a responsabilidade de nutrir a pessoa como um todo, na sua caminhada com Deus; providenciam direção e supervisão a um segmento do povo de Deus; são exemplos em suas vidas daquilo que significa ser um verdadeiro e frutífero discípulo de Cristo; estabelecem confiança através de relacionamentos duradouros; lideram e protegem aqueles sob os seus cuidados.

RESUMO: Capacidade divina de nutrir, zelar e guiar as pessoas rumo à maturidade espiritual contínua e à imitação do exemplo de Cristo.

PROFECIA
É a capacitação divina para revelar (discernir) a verdade de Deus e proclamá-la de forma apropriada e relevante para entendimento, correção, arrependimento ou edificação; pode haver implicações imediatas ou futuras; as pessoas com esse dom: expõe pecado ou engano em outros para que haja reconciliação; falam uma palavra apropriada de Deus que causa convicção, arrependimento e edificação; percebem verdades que outros falham em perceber, desafiando-os a responder em obediência; alertam para o julgamento imediato ou futuro se não houver arrependimento; entendem o coração e a mente de Deus através das experiências vividas com Ele.

RESUMO: Habilidade divina de revelar a verdade e proclamá-la de forma oportuna e relevante para compreensão, correção, arrependimento e edificação.

LÍNGUAS
É a capacitação divina para falar, adorar e orar em um idioma desconhecido. Pessoas com esse dom podem receber uma mensagem espontânea de Deus, que é transmitida à Igreja pelo dom de Interpretação. As pessoas com esse dom: expressam com interpretação e pelo Espírito uma palavra que edifica o corpo; comunicam uma mensagem dada por Deus à Igreja. Falam num idioma que nunca aprenderam, adoram ao Senhor com palavras profundas, além da compreensão humana; experimentam uma intimidade com Deus que as estimula a servir e a edificar outros.

RESUMO: Habilidade divina de falar, adorar ou orar numa línguas desconhecida do interlocutor.

Mães Abdicadas!

“Então, ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem aos hebreus lançareis no Nilo, mas a todas as filhas deixareis viver. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à beira do rio (Êxodo 1.22 2.2,3)

Abdicar é o ato voluntário de renunciar algo em proveito próprio, que venha lhe trazer benefícios, de direito.

Abdicação é a palavra que quero exaltar hoje em prol de nossas mães.

Qual mãe não está sempre abrindo mão de alguma coisa em prol dos filhos? Naturalmente e obrigatoriamente o tempo, creio ser o primeiro ato de abdicação que uma mãe tem que ter. O paizão ainda consegue bater aquela bolinha com os amigos, mas a mãe (e não por uma questão de machismo, mas de instinto) não deixa sua “prole” em hipótese alguma e, quando o faz, parece que um pedaço de si foi arrancado. É claro que esse pensamento refere-se às crianças quando pequenas e isso, com o tempo e conforme as crianças vão alcançando sua independência, vai melhorando, mas não no sentido de abdicar de algo.
Muitas vezes suas prioridades são deixadas de lado por causa dos filhos. Qual a mãe que não deixou de lado uma roupa que queria pra atender ao pedido ou necessidade dos filhos? Qual a mãe que não se vestiu de maneira mais simples, para comprar algo melhor para os filhos? Qual a mãe que deixou de comprar um perfume que tanto sonhava para pagar um passeio ao seu filho junto com os colegas de escola?
Quantas mulheres abriram mão de sua carreira, de um futuro promissor profissionalmente para se dedicarem a maternidade?
Quantos sonhos não foram sacrificados, deixados de lado, para que toda energia, tempo e dinheiro, atenção e carinho fossem dedicados aos filhos?
Essas mães heroínas merecem uma medalha a cada dia de vida, pois somos o que somos graças a tanta abdicação.
Porém, creio que todas elas alcançam o máximo de suas realizações (mesmo depois de abrirem mão de tantas coisas) quando olham para os filhos e vêem o fruto de tanto sacrifício. Qual a alegria de uma mãe em ir a uma formatura de seu filho(a)? Qual o orgulho de uma mãe em saber que seu filho(a) ocupa um cargo importante dentro de sua empresa? De saber que seu filho(a) é uma pessoa respeitada, honrada, de caráter?
Claro que seria exagero meu achar que nossas mães pararam no tempo dedicando-se exclusivamente aos filhos. Bem, algumas sim, mas vejo que muitas foram atrás de seus sonhos, de suas realizações. Muitas seguiram o curso de sua vida e são mulheres felizes. Talvez algum filho(a) pense que seu caso seja isolado, já que sua mãe o deixou com a avó, ou outra pessoa para ser criado. Bem, ainda assim, penso que essa mãe abdicou do direito de estar junto de seu filho, de dar e receber carinho, para providenciar o sustento dentro de casa.
Não importa o que sua mãe tenha feito. Em algum momento, em grande ou menor escala, ela abriu mão de alguma coisa em prol de você, filho(a).
Obrigado, mamães, por tanto desprendimento, tanto amor, que só poderia mesmo vir de vocês.

Que o Eterno Deus abençoe ricamente nossas mamães.


Pr. Lucas Ferreira

Descrição dos dons - parte 2

EVANGELISMO
É a capacitação divina para comunicar o evangelho aos descrentes de modo eficaz, para que eles respondam com fé e busquem ao discipulado. As pessoas com esse dom: comunicam a mensagem de Cristo com clareza e convicção; buscam oportunidades para conversar com descrentes sobre assuntos espirituais; desafiam descrentes a darem um passo de fé e a se tornarem verdadeiros e frutíferos discípulos de Cristo; adaptam a apresentação do evangelho para atingir as necessidades do indivíduo; buscam oportunidades para construir relacionamentos (íntegros) com os descrentes.

RESUMO: Habilidade divina de comunicar com eficácia o Evangelho aos céticos, de forma que eles respondam na fé e caminhem rumo ao discipulado.


É a capacitação divina para agia à luz das promessas de Deus com confiança e fé, não duvidando da capacidade de Deus para cumpri-las. As pessoas com esse dom: crêem nas promessas de Deus e estimulam outros a fazer o mesmo; Agem com total confiança na capacidade de Deus em vencer obstáculos; demonstram uma atitude de confiança na vontade e nas promessas de Deus; levam adiante o reino de Cristo, porque elas avançam quando outros param; pedem a Deus aquilo que é necessário e confiam na sua provisão.

RESUMO: Dádiva divina de agir segundo as promessas de Deus, com confiança e crença resoluta em Sua capacidade de cumprir Seus desígnios.

CONTRIBUIÇÃO
É a capacitação divina em contribuir com dinheiro e recursos para a obra do Senhor com alegria da liberalidade. Pessoas com esse dom não se perguntam: “Quanto devo dar ao Senhor”, e sim “De quanto preciso para me sustentar?” As pessoas com esse dom: Administram suas finanças e limitam seu modo de viver para poderem contribuir com o máximo possível dos seus recursos; Apóiam ministério com contribuições sacrificiais para o avanço do Reino; suprem necessidades concretas para que haja crescimento espiritual; providenciam recursos, com alegria e de modo generoso, confiando na provisão de Deus; talvez tenham uma capacidade especial para ganhar dinheiro para que possam usá-lo no avanço da obra de Deus.

RESUMO: Capacidade divina de doar dinheiro e recursos à obra do Senhor, com alegria e liberalidade.

CURA
É a capacitação divina para ser um instrumento de Deus na restauração das pessoas. Pessoas com esse dom: demonstram o poder de Deus; trazem restauração aos doentes e enfermos; autenticam a mensagem de Deus pela cura; usam a cura como oportunidade para comunicar verdades bíblicas e glorificar a Deus; oram, tocam ou falam palavras que milagrosamente trazem cura para o corpo de alguém.

RESUMO: Permissão divina para ser o instrumento de Deus na restituição da saúde às pessoas.

AUXÍLIO (SERVIÇO)
É a capacitação divina para realizar tarefas práticas e necessárias que libertam, apóiam e suprem as necessidades de outros. As pessoas com este dom servem “por de trás” da cena quando é necessário apoiar os dons e ministérios dos outros; Vêem coisas práticas e concretas a ser feitas, e tem alegria em fazê-las; sentem o propósito de Deus e tem prazer em cumprir responsabilidades cotidianas; dão valor espiritual ao serviço prático; alegram-se em saber que o seu serviço libera outros a fazer o que Deus os chamou para fazer.

RESUMO: Habilidade divina para agregar valor espiritual à realização de tarefas práticas e necessária que libertem, apóiem e satisfaçam as necessidades dos outros.

HOSPITALIDADE
É a capacitação divina para cuidar de pessoas, providenciando comunhão, comida e abrigo. Pessoas com esse dom: propiciam um ambiente onde as pessoas se sentem valorizadas e cuidadas; conhecem pessoas novas e as ajudam a se sentir bem-vindas; criam um ambiente seguro e confortável onde relacionamentos podem ser desenvolvidos; buscam meios de unir pessoas em relacionamentos significativos; deixam as pessoas a vontade em ambientes desconhecidos.

RESUMO: Capacidade divina de cuidar das pessoas, proporcionando amizade, alimento e abrigo.