1. O nascimento do Espírito Santo (Jo.3.1-18)
É impossível alguém que não tenha nascido de novo receber os dons espirituais. Falar de dom é falar de coisas espirituais. E quando Jesus discursa a Nicodemos, fala de um novo nascimento espiritual, de uma transformação sobrenatural. Por isso o novo nascimento é um mistério. Como explicar isso? Como explicar o vento que podemos senti-lo, mas não vê-lo? Ao mesmo tempo que é um milagre de Deus, podermos ter uma nova natureza, sermos transformados pelo Espírito Santo. Sermos uma nova criatura. É esse o primeiro passo para recebemos os dons espirituais.
2. O Batismo do Espírito Santo (1 Co.12.13)
O nascimento do Espírito Santo acontece com a conversão e imediatamente o novo crente é batizado no Espírito Santo, o que mostra e determina sua União com Cristo e também sua Unidade com o Corpo. Agora faz parte da família de Deus. Recebe o direito de ser chamado de filho. O Batismo com o Espírito Santo nada tem a ver com o falar em outras línguas (conforme veremos mais pra frente especificamente em cada dom espiritual), mas sim com seu ingresso no Corpo de Cristo. Não é mais um estranho. Agora é da família de Deus.
3. A Habitação do Espírito Santo (1 Co. 6.19-20)
Com o novo nascimento e batizados agora pelo Espírito Santo, nosso corpo passa a ser habitação do Espírito. Somos transformados em casa espiritual, habitação do eterno Deus. Começa nosso processo de Santidade, para manter de forma saudável e limpa a habitação do Espírito. É nesse ambiente de relacionamento familiar que o Espírito há de nos dar os dons nos orientar em como utilizá-los. Por isso precisamos sempre manter nossa “casa” em ordem. Por isso não temos atitudes que prejudicam nosso corpo (como fumar, beber, drogar, prostituir, etc).
Você pode imaginar aqueles que usam seus corpos como habitação do diabo e demônios receberem dons espirituais?
4. O Selo do Espírito Santo (Ef.1.13,14; 4.30)
Esse último requisito mostra a marca que temos em nossa vida espiritual. O selo do Espírito Santo sugere um penhor, uma garantia da nossa salvação, da nossa condição de filhos de Deus. O próprio selo sugere autenticidade, credibilidade, mostra as origens que nos dão tranquilidade e confiança (exemplo, os produtos com o selo do INMETRO). Essa marca espiritual, mostra a todos a quem pertencemos. Olharemos para Jesus, em sua volta, e reconheceremos as marcar em suas mãos. Essa marca mostra quem é o nosso “proprietário”, assim como o gado é marcado pelo seu dono fazendeiro. Esses sinais do Espírito Santo não são físicos (não há nenhuma inicial ES em nosso corpo), mas espiritual, visível através do nosso comportamento transformado, do fruto do Espírito Santo gerado em nós. Com uma vida transformada.
5. O enchimento do Espírito Santo (Ef.5.18; At.4.31)
Ser cheio do Espírito Santo irá determinar o grau de espiritualidade que buscamos. Ou ainda, a prioridade em nossas vidas. Esse enchimento sugere o controle do Espírito Santo. E muitas vezes isso não acontece porque outras coisas, situações e pessoas controlam nossa vida mais do que o Espírito, e vale aqui lembrar, com a nossa permissão. Quando somos cheios do Espírito Santo, somos completamente direcionados por ele na utilização dos nossos dons. É ele quem nos capacita. Do contrário, a glória seria completamente humana. Recebemos essa ordem de “ser cheios” e precisamos obedecê-la. Infelizmente muitos cristãos são vazios, pois se perdem nas coisas desse mundo e não permitem esse controle do Espírito. Na verdade, não buscam. Não pedem. E não estão dispostos a ceder, pois o Espírito não pode nos encher onde houver pecado. É um ato de Deus, não nosso. Uma ação contínua.
É importante ressaltar aqui que os 4 primeiros requisitos acima listados, acontecem uma única vez. Por exemplo, uma vez batizados no Espírito Santo, nunca mais o seremos. Já aconteceu. É para sempre. Mas o ato de enchimento do Espírito Santo tem que ser buscado diariamente. Envolve nosso processo de santificação. A luta da carne com o espírito. É possível cristãos vazios do Espírito Santo utilizarem dons espirituais. Porém, com toda a certeza, sua eficácia será mínima, sendo bem provável sua utilização na carne, não trazendo bênçãos ao corpo de Cristo.
Fica então, esse desafio, essa ordem, essa nossa obsessão.
Pr. Lucas Ferreira
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