Descrição dos dons - Parte 1

Abaixo segue relação dos dons. Veja se você acertou:

1 Coríntios 12.8-10: Sabedoria, Conhecimento, Fé, Cura, Milagres, Discernimento, Línguas, Profecia, Interpretação das Línguas
1 Coríntios 12.28: Apostolado, Ensino, Auxílio, Administração,
Romanos 12.6-8: Encorajamento (exortação), Contribuição, Liderança, Misericórdia,
Efésios 4.11: Evangelista, Pastor
1 Pedro 4.9-10: Hospitalidade
Êxodo 31.3: Artesanato
1 Timóteo 2.1-2: Intercessão
Salmo 150.3-5: Comunicação criativa

Abaixo veremos a discriminação de cada dom. Isso ajudará a verificação se o que está descrito confere com aquilo que você está vivendo, praticando, muitas vezes sem saber.

APOSTOLADO
É a capacitação divina para começar e supervisionar o desenvolvimento de novas igrejas ou ministérios. As pessoas com esse dom: iniciam e estabelecem novos ministérios ou igrejas; adaptam-se às condições do ambiente por serem culturalmente sensíveis e abertas; desejam ministrar às pessoas não alcançadas em outras comunidades ou outros países; têm responsabilidades de supervisão sobre ministérios ou grupos de igrejas; demonstram autoridade e visão quanto à missão da igreja.

RESUMO: capacidade divina de iniciar e supervisionar o desenvolvimento de novas igrejas ou estruturas ministeriais.

ADMINISTRAÇÃO
É a capacitação divina para entender o que faz uma organização funcionar, e uma habilidade especial para planejar e executar os procedimentos que realizam os alvos do ministério. As pessoas com esse dom: desenvolvem estratégias ou planos para realizar alvos identificados; auxiliam os ministérios a se tornarem mais eficazes e eficientes; gerenciam ou coordenam as várias responsabilidades para o cumprimento de uma tarefa; organizam pessoas, tarefas ou eventos.
RESUMO: concessão divina para compreender o que faz funcionar uma organização, e capacidade especial de planejar e executar procedimentos que conduzam aos objetivos do ministério.

ARTESANATO
É a capacitação divina para elaborar criativamente e/ou construir itens a serem usados no ministério. As pessoas com esse dom trabalham com madeira, tecido, tintas, metal, vidro e outras matérias primas; fazem coisas que aumentam a eficácia dos ministérios dos outros; gostam de servir com as mãos e suprir necessidades tangíveis; elaboram e constroem itens tangíveis e recursos para uso no ministério; trabalham com vários tipos de ferramentas e são hábeis com as mãos.

RESUMO: Habilidade divina de projetar e/ou construir criativamente artigos que possam ser usados no ministério.

COMUNICAÇÃO CRIATIVA
É a capacidade divina para expressar a verdade de Deus através de várias formas de arte. As pessoas com esse dom: Usam as artes para comunicar a verdade de Deus; desenvolvem e usam habilidades artísticas como drama, literatura, arte, música, dança, etc.; usam variedade e criatividade para cativar pessoas e fazem com que elas considerem a mensagem de Cristo; desafiam através das formas de arte a perspectiva que as pessoas tem de Deus; desenvolvem novas formas de expressar o ministério e a mensagem do Senhor.

RESUMO: Dádiva divina de comunicar a verdade de Deus por meio de uma diversidade de formas artísticas.

DISCERNIMENTO
É a capacidade divina para distinguir entre a verdade e o erro, discernir os espíritos, diferenciar entre o bem e o mal, certo e errado. As pessoas com este dom: distinguem a verdade do erro, o bem do mal, motivos puros dos impuros; identificam atitudes enganosas em outras pessoas com precisão e de forma apropriada; determinam se uma mensagem atribuída a Deus é autêntica; reconhecem incoerências no ensino, mensagem profética ou interpretação; podem sentir a presença do mal.

RESUMO: Capacidade divina de distinguir entre a verdade e o erro, discernir espíritos, diferenciar o bom do mau, o certo do errado.

ENCORAJAR (EXORTAÇÃO)
É a capacitação divina para apresentar a verdade, de modo a fortalecer, consolar ou estimular, à ação, aqueles que estão desmotivados ou titubeantes na fé. As pessoas com esse dom: chegam ao lado daqueles que estão desanimados para fortalecê-los e firmá-los; desafiam, consolam ou confrontam os outros, a fim de que confiem e esperem nas promessas de Deus; estimulam outros à ação por aplicar a verdade bíblica; motivam outros a crescer; enfatizam as promessas de Deus e confiança na Sua vontade.

RESUMO: Concessão divina para apresentar a verdade de forma que fortaleça, conforte ou incentive à ação os que estão desencorajados ou vacilantes na fé.

Lista de dons espirituais


Os dons estão distribuídos em alguns textos da Palavra de Deus. Teste seu conhecimentos com os textos abaixo, e relacione os dons encontrados em cada um deles.
Pr. Lucas Ferreira

PASSAGEM BÍBLICA
1 Coríntios 12.8-10
Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las.

DOM MENCIONADO
1. __________________________
2. __________________________
3. __________________________
4. __________________________
5. __________________________
6. __________________________
7. __________________________
8. __________________________
9. __________________________


1 Coríntios 12.28
A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
10. _________________________
11. _________________________
12. _________________________
13. _________________________
Romanos 12.6-8
tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria
14. _________________________
15. _________________________
16. _________________________
17. _________________________
Efésios 4.11
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,
18. _________________________
19. _________________________
1 Pedro 4.9 e 10
Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração. Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
20. _________________________
Êxodo 31.3 a 5
e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores
21. _________________________
1 Timóteo 2.1 e 2
Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.
22. ________________________
Salmo 150.3 a 5
Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.
23. ________________________
Mateus 19:12
Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita.
24. ________________________

Perdão tardio é melhor do que ausência de perdão

A páscoa cristã deve nos remeter ao perdão que o Senhor nos ofereceu, através de Jesus. Essa palavra traz cura pra alma, corpo e espírito. Somos perdoados e temos a certeza da vida eterna. Por isso o perdão deve ser praticado também uns com os outros.
O texto abaixo não é de minha autoria (nem o título acima), mas quero compartilhá-lo, pois mostra o poder do perdão da vida de uma igreja. Tanto pra quem pede como pra quem concede. E não há tempo pra isso. Basta quebrantamento do Espírito e arrependimento do erro, do pecado.
Tenho certeza que você se identificará muito com esse texto, pois mostra um pouquinho o que vivemos em nossa igreja.
Pr. Lucas Ferreira

Aconteceu no domingo dia 23 de novembro de 2008 na Igreja Batista da Liberdade durante o culto das 19h. Os membros da Igreja Batista Bandeirante, acompanhados do pastor Adelniso Ribeiro de Souza, vieram pedir perdão aos atuais membros da IB da Liberdade por uma falta do passado não cometida por eles. Os membros da Liberdade jamais haviam ouvido qualquer coisa a respeito do ocorrido muitas décadas atrás.
Vamos aos fatos. O pastor Adelniso, que, aliás, havia sido meu aluno na disciplina de Eclesiologia da Faculdade Teológica Batista do Estado de São Paulo (FTBESP), me procurou solicitando uma oportunidade para que sua Igreja pudesse pedir perdão à IB da Liberdade pelas discórdias que motivaram a saída de um grupo para fundar o que viria a ser, mais tarde, a IB Bandeirante.
Para inteirar-me melhor do que se passava fui aos nossos livros de atas e lá estavam registrados, historicamente, os fatos, os motivos e o tratamento dado à questão.
Tudo aconteceu numa assembléia de nossa igreja, nos idos de 1940, dirigida pelo pastor Erodice de Queiroz em reação ao parecer de uma comissão, acatada pelo voto da maioria, desaconselhando os crentes a frequentarem cinemas aos domingos. Alguns irmãos de uma determinada família revoltaram-se com o parecer e, de forma deselegante para com o então pastor, passaram a se reunir em outro local.
Dois anos depois, em 1942, aqueles membros da IB da Liberdade se auto-organizaram, em clara atitude de rebeldia, com o nome de IB Bandeirante. Mesmo aconselhado diversas vezes por líderes da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), este grupo nunca aceitou voltar e resolver suas pendências com a IB da Liberdade.
Agora, 66 anos depois, a IB Bandeirante reconheceu a falta grave que lhe deu origem. Seu ministério, desconfortado por um passado ainda em aberto, entendeu que não poderia ser jamais abençoado por Deus sem que experimentasse a grandeza desta reconciliação.
Em um lindo, comovente e inesquecível gesto, cerca de trinta irmãos vieram ao nosso culto com o intuito de remirem aquela falta e trazendo uma missiva que foi lida pelo pastor Adelniso. De pronto, a IB da Liberdade, numa demonstração do mais puro cristianismo, em pé e em lágrimas, aplaudiu aquele pedido de perdão que tinha o intuito de corrigir um erro cometido, mesmo que por outros, mas que tantos males gerou à pequena comunidade.
Mais importante do que o mérito da questão em si, de ir ou não ao cinema aos domingos, é a lição de como se deve proceder diante das decisões democráticas numa assembléia de igreja. Isto é, deve-se agir com o devido comedimento nas palavras e ações buscando sabedoria em Deus, arguindo com inteligência e fundamentações corretas, com a devida urbanidade e com polidez. E, quando for o caso, também saber voltar, como fez o filho pródigo, reconhecendo o erro, reconciliando-se e dispondo-se, inclusive, às reparações procedentes e à concórdia entre os irmãos.
A Igreja e a Bíblia são coisas sérias! A cruz é o preço do perdão! Igreja não é "negócio" que possa ser levado como se fosse possível calar a voz da consciência cristã ou subestimar as exigências éticas e morais contidas no ensino de Jesus, que disse: "Quando te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa diante do altar tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e depois vem apresentar a tua oferta" - Mateus (5.23-24). Com Deus não se brinca: Quem diz que está de bem com Deus e odeia seu irmão é mentiroso.
A IB Bandeirante consertou a sua história em humilde pedido de perdão, ainda que pelos erros cometidos 66 anos atrás não pelos atuais membros, e mesmo não havendo hoje sequer um deles na igreja. E a IB da Liberdade, emocionada, de pé e prorrompendo em incontidos aplausos, perdoou de pronto. A IB da Liberdade reconheceu-se igreja-mãe. A IB Bandeirante como igreja-filha.
Certamente este ato foi celebrado com firma reconhecida nos céus e acabou registrado nas atas eternas. Como escreve Arthur Pinero: "Perdão tardio é melhor do que ausência de perdão".
Eli Fernandes de Oliveira
Pastor da Igreja Batista da Liberdade
Publicado O jornal Batista de 02 de abril de 2009.
www.ojornalbatista.com.br

Os dons espirituais pertencem ao corpo


Tentando definir dom espiritual, temos duas frases que destaco abaixo:

“Um dom espiritual é um atributo especial dado pelo Espírito Santo a todo Membro do corpo de Cristo, de acordo com a graça de Deus, para uso dentro do contexto do corpo.” Peter Wagner – Seus Dons Espirituais
Ou ainda:

É uma demonstração sobrenatural da graça ou habilidades especiais que nosso soberano Deus colocou nas vidas dos crentes para a edificação da igreja, o corpo de Cristo.

A aplicação dos dons deve ser feita no seio da Igreja. É pela graça que Deus escolhe pecadores e os capacita para sua obra. Não há mérito nenhum em nós quanto a isso. Apenas Graça.
Todo crente tem a obrigação de conhecer os dons espirituais, de saber sua aplicação e como usá-lo. A bíblia nos alerta que devemos conhecer e não sermos ignorantes sobre os dons (1 Coríntios 12.1). Existe uma expectativa que utilizemos os dons (1 Timóteo 4.14). Foi-nos confiado a administração desses dons. Somos despenseiros e seremos cobrados pelo uso de cada um deles (1 Pedro 4.10).
O Espírito Santo é o distribuidor dos dons e o faz da maneira que quer: Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo a cada um como quer (1 Coríntios 12.11). É o mesmo Espírito quem distribui à sua Igreja os mais diferentes tipos de dom (1 Coríntios 12.4 e 5). Por aí começamos a entender que os membros de uma igreja não devem ter os mesmos dons. São variados.
Ao recebermos do Espírito Santo os dons espirituais, temos que ter em mente que eles pertencem ao corpo de Cristo, e não aquele que recebeu. A finalidade é a edificação da Igreja (1 Corintios 14.12). em Efésios 4.11 e 12 Paulo fala: ...”com vistas ao aperfeiçoamento dos santos”. Muitos utilizam seus dons em benefício próprio. Existem igrejas que irmãos e famílias utilizam seus dons para instaurar seu império pessoal, perpetuando por gerações práticas de opinião pessoal, mas não do corpo. Isto está errado. A utilização dos dons deve beneficiar o todo, e não apenas uma parte. E a obediência à Jesus e às autoridades instituídas dentro da Igreja é fundamental para o bom andamento da obra do Senhor e a correta utilização dos Dons.
Nesse ínterim, pela carnalidade de alguns irmãos, é possível o diabo se utilizar dessas brechas e fraudar o uso dos dons. Paulo alerta os crentes em Corinto sobre falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, pois o diabo se transforma em anjo de luz (2 Coríntios 11.12-15), e podemos ainda lembrar do que ocorreu com Ananias e Safira, supostamente utilizando o dom da misericórdia, auxilio e contribuição, mas induzidos pelo diabo (Atos 5). Jesus também alertara que muitos viriam em seu nome realizando milagres sobrenaturais, mas completamente usados pelo diabo (Mateus 7.22-23).
Como podemos saber se uma pessoa utiliza o dom pelo Espírito Santo ou pela sua própria carnalidade?
O primeiro teste é o Teste das escrituras: Analise e pergunte: Este dom e o modo com que tem sido exercitado estão em harmonia com os ensinamentos bíblicos? Violam alguma verdade ou princípio bíblico? Jamais poderemos ir contra a Palavra de Deus. O segundo teste é o Teste moral: Este dom espiritual demonstra pureza moral em sua prática, na motivação e no relacionamento com os outros? (por exemplo, a utilização de dons que veem a expor e humilhar pessoas). E o terceiro teste é o Teste evangelístico: O uso desse dom exalta a pessoa de Jesus de forma que os outros sejam atraídos a Ele? O seu uso resulta no alcance do perdido para Cristo? Ele edifica o corpo de Cristo? Ou a pessoa que está utilizando busca reconhecimento e fama, busca sua própria vontade?
A utilização dos dons traz benefícios:
Pessoal
Assim que conhecer e usar seus dons espirituais, você terá consciência de sua tarefa espiritual. Tendo consciência de sua tarefa espiritual, seu ministério será mais bem direcionado. Seu ministério será mais proveitoso e gratificante.
Igreja
Há mais unidade e harmonia em igrejas que ensinam e desenvolvem ministérios baseados nos dons. Quando não se estimula o conhecimento dos dons, o individualismo tende a dominar as relações. Sempre o “eu” e não o “nós”. Há menos orgulho e falsa humildade em igrejas praticantes dos dons. Há maturidade e crescimento em igrejas que ensinam e desenvolvem ministérios baseados nos dons.
Ao Reino de Deus:
Deus é glorificado e as pessoas são edificadas na igreja que ensina e desenvolve ministérios baseados nos dons.

Pr. Lucas Ferreira